Transporte ferroviário: Atualmente, o Brasil
conta com 29,8 mil quilômetros de ferrovias e apenas 25% do que é produzido nos
campos chega aos portos por trilhos. O Brasil precisaria de uma malha
ferroviária de 52 mil quilômetros para atender a demanda atual de transporte de
produtos no país, ou seja, praticamente dobrar o tamanho que tem hoje, aponta a
Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Segundo dados da
Agência Nacional de Transportes Terrestres, estão previstos R$ 91 bilhões de
investimentos nas ferrovias brasileiras, nos próximos 25 anos (2014-2038). Já
as concessionárias preveem desembolsos de R$ 16 bilhões, nos próximos três anos
(2014/2016). O Ministério dos Transportes cumpriu a primeira etapa dos
trabalhos definidos pelo Decreto n.º 7929/2013, de 18 de fevereiro de 2013,
para a composição da reserva técnica de 605 bens imóveis não operacionais que
margeiam as faixas de domínio das ferrovias do País. A relação compreende
imóveis oriundos da extinta Rede Ferroviária Nacional S.A. (RFFSA), considerados
essenciais e indispensáveis para a expansão e aumento da capacidade de
prestação do serviço público de transporte ferroviário. Tudo isso no entanto
engloba o planejamento para ferrovias cargueiras e não para o transporte de
passageiros.
A única opção de viagens de longo percurso ferroviário no Brasil
está em Minas Gerais. Além de transportar nossos minérios, duas ferrovias
operadas pela Vale no Brasil oferecem as principais opções de trem de
passageiros do país: a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e a Estrada de
Ferro Carajás (EFC). As ferrovias possuem sistemas de controle monitorados 24
horas por dia, garantindo a segurança das viagens. Os trens oferecem
facilidades como lanchonete, restaurantes e ar condicionado na classe
executiva. A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) conecta as capitais de
Minas Gerais (Belo Horizonte) e Espírito Santo (Vitória) diariamente, em um
trajeto de 13 horas para seus 664km e 30 pontos de embarque e desembarque. Para
tirar dúvidas sobre a viagem, os passageiros podem ligar para 0800 285 7000. A
passagem mais cara, conforme tabela para 2014, é de R$ 75,00 (setenta e cinco
reais) por passageiro, por percurso - portanto bastante acessível. A classe
econômica é mais barata. A Estrada de Ferro Carajás (EFC) liga o Pará (saindo
de Parauapebas)ao Maranhão (chegando a São Luís), com passagens até 50% mais
baratas do que as de ônibus. Em Minas Gerais há também uma pequena rota, entre
Itabira e Nova Era, também operada pela Vale. Segundo a Vale, em 2014, toda a
frota de trens de passageiros será alterada por novos que foram comprados na
Romênia. São 56 unidades, sendo 10 executivos, 30 econômicos,
vagões-restaurante, lanchonete, gerador e cadeirante – para pessoas com
necessidades especiais. O investimento foi de 80,2 milhões de dólares. Os novos
vagões serão climatizados nas classes executiva e econômica e vão contar com
tomadas individuais nos assentos. Os banheiro também serão modernizados e o
restaurante ampliado.
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