As principais rodovias:
BR-116,
principal rodovia brasileira com cerca de 4.385 KM, com início em Fortaleza/CE
e término em Jaguarão/RS.
BR-153,
conhecida como Rodovia Transbrasiliana, é quarta maior rodovia do Brasil, com
4.355 KM, ligando a cidade de Marabá/PA a Aceguá/RS.
BR-040,
rodovia federal radial do Brasil, com 1.178 KM, inicia em Brasília/DF e termina
na Praça Mauá, Rio de Janeiro/RJ.
A BR-116, no trecho percorrido no Paraná pela equipe de
reportagem, onde a rodovia federal é privatizada, ainda existem muitos
problemas como, por exemplo, o fato da pista ser simples e sem previsão de
duplicação, sendo que o respectivo trecho já deveria estar pronto desde 2012.
Depoimentos de
caminhoneiros como Alexandre Schiezari demonstram insatisfação com relação ao
serviço prestado pela concessão, mesmo sendo valor de pedágio mais acessível:
“Às vezes pode ser mais barato, mas o que acontece: não tem assistência da
estrada”.
Muitas das obras
nas estradas demoram a ser concluídas, provocam mudanças e engarrafamentos, que
prejudicam o dia a dia das pessoas que transitam pelas rodovias e aumentam os
custos do TRC.
Em 2013, no
trecho da Rodovia Régis Bittencourt da BR-116, principal ligação entre o
sudeste e o sul do país, teve dez pontes parcialmente interditadas entre São
Paulo e Curitiba, para obras de reparos e reforço estrutural. As interdições
afunilaram o tráfego e aumentaram o tempo de viagem, o que gerou mais custos
para todos os envolvidos. Esta estrada é um importante corredor de cargas e
recebe trânsito pesado que pode chegar a cerca de 70% do volume de tráfego
composto por caminhões.
Em 2005, uma
ponte desabou no KM 43 da Régis Bittencourt, no trecho do Paraná, a qual foi
reconstruída pelo DNIT, mas anos mais tarde voltou a apresentar problemas
técnicos e, por isso, está interditada desde 2012. Hoje, todo o tráfego passa
por outra ponte. Estima-se que aproximadamente 20 mil veículos/dia transitem
nos dois sentidos, sendo a maioria caminhões.
Além dos
problemas de infraestrutura nas estradas que aumentam o tempo e custo do
transporte, ainda existe o risco de roubo da carga. Segundo a Policia
Rodoviária Federal, as quadrilhas atacam os caminhões mais pesados e saqueiam a
carga em estradas de terra, antes da chegada da polícia.
A BR-040 teve um
trecho privatizado em 2013, com um novo modelo onde a concessionária vai ter
que duplicar toda a rodovia em no máximo cinco anos, e não pode cobrar pedágio
logo depois de pegar a estrada, ou seja, antes tem que investir. Este novo
modelo visa evitar os problemas encontrados nas estradas concedidas, que têm um
valor de pedágio baixo, porém ainda estão com pistas sem duplicação, perigosas
e congestionadas.
A BR-153, em um
trecho a pista ainda é simples e sem local seguro de retorno, que provoca
engarrafamentos e coloca em risco a população de São José do Rio Preto que
transita na rodovia. Após reivindicações, o governo irá realizar a duplicação,
ao invés da concessionária.
A ANTT – Agência
Nacional de Transportes Terrestres – esclareceu que todas as concessionárias
foram multadas e que este ano a agência contratou 60 fiscais e está negociando
novas contratações para poder melhorar a fiscalização.
A conclusão é que
todas rodovias possuem ainda problemas como pista simples e acostamentos mal
conservados, por isso, os usuários reclamam que, apesar da cobrança do pedágio,
as empresas não fazem muitos investimentos nas estradas.
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